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sábado, 22 de janeiro de 2011

Leitura para diversão

Quem lê esse título tem algumas possibilidades de interpretação. Pode entender que vamos pensar a respeito de humor na leitura, ou vamos ler uma piada ou, especialmente se for alguém da área de Letras, que vamos pensar em Literatura. Como definem os teóricos literários, Literatura é leitura para diversão, embora muitas escolas insistam em tornar a Literatura uma leitura de obrigação. Já deu para ver que é sobre Literatura que vamos escrever.

Procurarei partilhar um pouco das minhas leituras de forma que seja possível observar alguns aspectos de livros que podem se tornar uma boa opção de leitura para os que ainda não leram, pode vir seguido de alguma sugestão de atividade ou, ainda, gerar outras possibilidades de leitura, afinal, cada olhar sobre um texto pode trazer diferentes formas de interpretar.

O Silmarillion – esse é o livro! Escrito por J. R. R. Tolkien, um de uma série de cinco livros que partem da criação de um mundo, povos e linguagem. Entre as muitas coisas que podemos dizer de John Ronald Reuel Tolkien é que ele cursou Letras e gostava muito de linguística.  Isso explica sua preocupação em definir uma linguagem especial para o mundo que criou. A leitura desse livro nos conduz a um paralelo com o livro de Gênesis, o que não é de causar espanto uma vez que Tolkien era um católico fervoroso e também um grande amigo de C. S. Lewis, ambos participavam do mesmo grupo de literatura. A ideia do mal e do bem em confronto fica clara nas páginas da obra. É admirável a forma como o autor lida com uma narrativa tão complexa, cheia de informações a respeito de seus personagens, retomando sempre com perfeita concatenação.

Se eu recomendo o livro?! Depende! Se você gosta de uma leitura que fornece detalhes que aparecem e reaparecem, exigindo bastante atenção, gosta do fantástico e ao mesmo tempo tem facilidade para associar elementos que já foram vistos em outras leituras, provavelmente você irá gostar.

Um trecho para fazer pensar:

“E, quando jazia morto, sem nenhum ferimento ou mágoa, mas abatido pela idade, os eldar viram pela primeira vez o rápido ocaso da vida dos homens e a morte por cansaço que eles mesmos não conheciam. E lamentaram muito a perda de seus amigos.” (TOLKIEN, 2009, p. 185)

TOLKIEN, J.R.R. O Silmarillion. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

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