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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Cada um cuide da sua própria vida

É comum as pessoas se aborrecerem quando alguém se envolve na sua vida para dizer como fazer ou deixar de fazer algo, especialmente se for algo de sua preferência. Nem sempre quem se envolve na vida do outro tem a melhor das intenções, algumas vezes é pura bisbilhotice. Porém, há os que têm interesse verdadeiro em ajudar, e o fazem considerando que esclarecer sobre as possibilidades de falha e prejuízo é um ato bom, ainda que o aconselhado deteste a ideia.

Antes de mandar o outro ir cuidar da própria vida é preciso considerar as possibilidades. Outro dia, havia um vídeo da Sinéad O' Connor circulando no face. Nesse vídeo, ela suplicava que fossem "cuidar da vida dela"; ela se sentia só e abandonada pela família, sem amigos. Não sei que caminhos ela percorreu para precisar pedir para as pessoas estarem com ela, mas sei que, naquele vídeo, a última coisa que ela gostaria era mandar alguém cuidar da própria vida.

Eu sou a favor que cuidem da minha vida, podem dar opinião à vontade, nem sempre eu vou gostar. Aliás, os piores momentos de conversa que já tive foram com pessoas se metendo na minha vida. Eram momentos ruins, porém, boa parte dos meus acertos, eu devo às palavras daquelas pessoas que se meteram em minha vida. E sou grata pela vida de cada um.

 Antes de mandar todo mundo cuidar da própria vida, considere a possibilidade de você estar doente, de estar só, de sofrer uma perda muito grande, de ter necessidade... e então responda: Você gostaria que alguém separasse um tempo para cuidar um pouco da sua vida?!

Imagem:

https://www.narrativeinnovations.net/wp-content/uploads/2015/06/talk.jpg

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Aprenda a reconhecer o engano

A técnica de distorcer ou torcer os fatos em favor de si mesmo é muito utilizada por líderes que trabalham única e exclusivamente em favor próprio. É preciso saber identificar, no discurso, esse tipo de estratégia para não se deixar levar por palavras bonitas, mas que não refletem a verdade por inteiro.


Alguns exemplos de técnica discursiva que não apresentam os fatos de forma íntegra: 

1. Frases ambíguas - dizer uma coisa que também pode significar outra.
Exemplo: Um político diz "Eu sou contra os impostos que são danosos para a economia." - Ele é contra todos os impostos ou apenas aqueles que são danosos para a economia?! Em geral, ele apenas tenta conquistar o ouvinte dizendo o que vai ser bem aceito.

2. Escolha dos elementos - utilizar no discurso apenas o que favorece sua opinião.
Exemplo: Uma indústria farmacêutica escolhe cem médicos que são favoráveis ao uso de determinado medicamento para divulgar seu produto. E a opinião dos demais? Essa não precisa ser divulgada, porque é desfavorável.

3. Não negar negando - quando a fala nega a própria ideia de negar.
Exemplo: O diretor de uma empresa, em um momento de crise, diz que não tem intenção de demitir funcionários. Ele não diz que não irá demitir, ele diz que não tem planos. Depois, se ele demitir, não estava nos planos. O importante é que os funcionários se acalmem no momento do seu discurso.

4. Falar na voz passiva - é quando alguém enfatiza o fato e não o autor, especialmente se o autor for o próprio orador.
Exemplo: O gestor de um departamento comete erros nas decisões e os resultados são ruins; na reunião de prestação de contas, ele diz "Erros foram cometidos e tivemos alguns resultados ruins." Ele não assume suas ações dizendo "Eu cometi erros..."


Aprender a identificar essas técnicas é importante para não se deixar enganar.

Imagem: http://bettymillerblog.com/how-to-not-be-deceived/