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quarta-feira, 12 de março de 2014

A leitura de aparência

A leitura é influenciada pelo nosso repertório. Isso é fato! Mas deixar que o nosso repertório elimine as palavras do texto para defender nosso ponto de vista pode ser um prejuízo grande para a comunicação e para nossa segurança. Muitas vezes, em nome da boa política, as pessoas estabelecem critérios radicais que, em lugar de ajudar, prejudicam.

Vejamos o exemplo da leitura deste quadrinho: 

A tendência da interpretação moderna é dizer que a imagem e o texto mostram que não devemos considerar a aparência em nossas avaliações, porém, o texto não diz exatamente isso. O texto diz que “nem sempre” a aparência é suficiente para concluirmos o que está por trás daquilo que não vemos... Está implícita nessa sentença a ideia de que é possível que a aparência revele o que está por trás do que não vemos, ainda que não seja um critério totalmente seguro para avaliarmos algo.

Há momentos em que a aparência nos dá algumas dicas que podem ser consideradas, ainda que não deva ser o único aspecto considerado na avaliação. Quando uma pessoa olha para a outra e diz: “Você parece cansada”, é possível que a leitura da aparência esteja correta ou, ao menos, a aparência da pessoa mostra que algo está diferente do que costumamos ver. Essas dicas da aparência podem ser úteis em diversas circunstâncias e podem ser usadas como um sistema de defesa. Uma aparência de tumulto pode nos livrar de um assalto... e também de uma liquidação muito boa, daquelas que levam todas as nossas economias! O equilíbrio é sempre uma boa opção em qualquer análise.

Enfim, olhar a aparência não deve ser nossa única maneira de avaliar, mas considerar as aparências, em suas devidas proporções, ainda pode nos ajudar em algumas situações... Ou não... Afinal, ninguém está totalmente livre de uma “miopia avaliativa”!

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