A
leitura é influenciada pelo nosso repertório. Isso é fato! Mas deixar que o
nosso repertório elimine as palavras do texto para defender nosso ponto de
vista pode ser um prejuízo grande para a comunicação e para nossa segurança.
Muitas vezes, em nome da boa política, as pessoas estabelecem critérios
radicais que, em lugar de ajudar, prejudicam.
Vejamos
o exemplo da leitura deste quadrinho:
A
tendência da interpretação moderna é dizer que a imagem e o texto mostram que
não devemos considerar a aparência em nossas avaliações, porém, o texto não diz
exatamente isso. O texto diz que “nem sempre” a aparência é suficiente para
concluirmos o que está por trás daquilo que não vemos... Está implícita nessa
sentença a ideia de que é possível que a aparência revele o que está por trás
do que não vemos, ainda que não seja um critério totalmente seguro para
avaliarmos algo.
Há
momentos em que a aparência nos dá algumas dicas que podem ser consideradas,
ainda que não deva ser o único aspecto considerado na avaliação. Quando uma
pessoa olha para a outra e diz: “Você parece cansada”, é possível que a leitura
da aparência esteja correta ou, ao menos, a aparência da pessoa mostra que algo
está diferente do que costumamos ver. Essas dicas da aparência podem ser úteis
em diversas circunstâncias e podem ser usadas como um sistema de defesa. Uma
aparência de tumulto pode nos livrar de um assalto... e também de uma
liquidação muito boa, daquelas que levam todas as nossas economias! O
equilíbrio é sempre uma boa opção em qualquer análise.
Enfim,
olhar a aparência não deve ser nossa única maneira de avaliar, mas considerar
as aparências, em suas devidas proporções, ainda pode nos ajudar em algumas
situações... Ou não... Afinal, ninguém está totalmente livre de uma “miopia
avaliativa”!
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